quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Causa Monárquica

Não defendo nem compreendo a defesa deste regime político. Reconheço as vantagens que daí advieram noutros países, mas entendo-o como puro retrocesso no nosso. Depois de experimentada a liberdade de voto, de expressão, de escolha como poderemos voltar a um regime em que o poder é heriditário? Poder este de uma família que não sei o que a torna diferente da minha.. Que legitimidade tem um rei? Quem lhe atribuiu esse título? Não foi concerteza imposição divina..
De qualquer modo, o chefe de Estado deverá traduzir a vontade e crenças do seu povo. Como o fará se as desconhece, se a sua realidade é completamente diferente? Se não foi escolhido por ele para o representar?

Não creio que a estabilidade e continuidade sejam suficientes para abdicar do verdadeiro poder, o da escolha.

1 comentário:

  1. Concordo plenamente. A estabilidade é muita, isso é indubitável, mas no caso português isso não seria, de todo, suficiente.

    Por outro lado, se não tens o direito de escolher o teu líder, qual será o direito que tens para o criticar? Afinal foi Deus que "escolheu" aquela família para liderar uma determinada nação. Será aceitável criticar uma "escolha divina"?

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