quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Porquê ser eficiente?

Hoje deparei-me com uma questão interessante.. À pergunta  "Porque sais tão tarde do trabalho se não tens assim tanto para fazer?"  foi-me respondido o seguinte " Não gosto de sentir a pressão do tempo".

Confesso que me apanhou de surpresa esta resposta. Estava a pensar que a razão seria dificuldade em completar a tarefa por desconhecimento, ignorância de alguns assuntos, ou pura e simplesmente dificuldade de organização e planeamento do dia. . Para mim esta resposta disse-me muito mais e deixou-me alerta. Mesmo quem não é eficiente, geralmente ambiciona sê-lo. Mas esta resposta disse-me que a questão não era não conseguir fazer as coisas mais rapidamente, era simplesmente não o querer .

O que é suposto responder a isto? Numa equipa que prima pela eficiência como é que eu vendo este conceito?

Se o trabalho é entregue a tempo e com qualidade como é que eu digo tens de fazer mais rápido? Qual é a motivação? Eu quero sempre sair do trabalho a horas para gozar os meus tempos livres, não procrastino deliberadamente as minhas tarefas.. Essa é a minha motivação.

Que posso eu dizer-lhe? Afinal somos recompensados pelo trabalho final não pela nossa eficiência. Faz sentido exigir isto de alguém que está disposto a abdicar do seu tempo pessoal para não ter de se "apressar"? O que é que posso oferecer? Mais trabalho se for eficiente? É a estrutura da recompensa da equipa que está a precisar de remodelação ou deve ser sobretudo uma motivação interna?

O que me está a escapar aqui?



quarta-feira, 4 de abril de 2012

Um dia sento-me contigo na soleira dessa porta.

Contas-me as tuas histórias entrecortadas por desilusões e traições da memória.

Recordas as aventuras, desventuras, engasgas-te na narrativa

E perdes o fio à meada.

Guias o meu pensamento porque não sei o que esperar;

A minha simpatia depende do que tens para me contar.

Não sei se por vicissitudes da vida ou por vicios na mesma estás hoje na soleira desta porta..

Mas tu

Traças-me entre suspiros o caminho que te trouxe até aqui

E confessas do fundo da alma se este é o Fim para ti.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Aos arrogantes deste mundo...

Sabes tanto que arrepias

O mais sábio de saberes

Ve se sabes onde por mim irias

E o que irias lá fazer...

terça-feira, 27 de março de 2012

Assalta a urgência de mudar.

Arrasta-se a imensidão da rotina.

Perde-se o gosto de sonhar

Quando o resultado é sempre o mesmo.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Lingua ácida, azeda, afiada
que se definha
em insultos e certezas.

Cabeça oca que escondes
por detrás desses trejeitos indignados.
Reconheces em todos o que não reconheces em ti.

Está calado, não fales, não comentes.
Deixa-te de lugares comuns.
Enxerga-te. Não és melhor que eles.

A tua voz estridente arrasa-me os ouvidos.

Vá, não sejas presunçoso.
reduz-te à tua humilde condição.
Não és melhor que eles.

Vá, não inundas os meus dias.
Não prometas boas novas e mudança.
Não fales alto para dar importância
às palavras vazias de sentido.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O Velho

3 batidas no soalho.
Arrastas.te por entre mais um dia.
Crateras que se abrem de saudade, que roubam do rosto a harmonia.
Choras em silencio malfadado, a hora que tarda em chegar.
Face sulcada de historias sem memoria que nunca ninguem ira contar.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Caro leitor (sim, eu sei que és só tu),

A linha editorial deste blog apresentava-se já aos meus olhos como decrépita e com um forte odor a bafio que lhe embaciava a face rugosa, donde brotavam duas tristes e encovadas pupilas encarnadas sob as espessas sobrancelhas cansadas e nada sábias de uma tão jovem existência. As suas mãos trémulas já não acompanhavam o fervor dos sentimentos que mesmo fechados dentro de si, se iam dissipando como pó.

Deste modo, a gerência optou por uma visão mais irreverente que sobrevive à custa da breve insanidade contente deste ser (eu) que torna aprazível a escrita criativa, delirante e completamente incompreensível com que contempla o seu único seguidor. Marcadamente satírica e irónica, a dor lancinante que lhe causará resulta apenas da loucura momentânea com que as palavras tantas vezes adormecidas descarregam em correntes eléctricas e os olhos cansados e vazios deste blog se rasgam em faíscas ardentes cheias de significado e ardor.

Aguardando com expectativa a resposta à nítida descompensação emocional deste ser em agonia,

Os melhores cumprimentos,

A Gerência